É impressionante
a capacidade de adaptação que nós humanos temos, mas só e somente só, quando
queremos!
Para aí e
pensa por quantas poucas e boas você já passou? Quantas situações teve que
enfrentar, que chegou a pensar que não sobreviveria? (aqui vou aceitar um pouco
de exagero!). O quanto você já se adaptou, mudou e se transformou até chegar
aqui? Faz uma pausinha aí e pensa...
Um dia,
quem sabe, sentamos embaixo de uma mangueira e te conto as minhas “poucas e boas”
ou quem sabe seria melhor dizer, as minhas “muitas e ótimas”.
Muitas,
porque quando se tem a minha idade (37 para quem não sabe), o Universo já teve
tempo suficiente para bastante “faceirices”. E ótimas porque todas, cada uma
delas do seu modo, serviu para me transformar em quem estou hoje. E isso é
ótimo!
Quem
convive comigo já deve ter me ouvido dizer que “a gente se adapta à tudo nessa
vida”. Eu já acreditava muito nisso, mas agora, depois desta viagem, estou com
muita vontade de tatuar esta frase na testa (brincadeira mãe! ;))
E adaptação
por aqui vem precedida de desapego, ou pelo menos deveria, porque se não rolar
desapego, é sofrimento na certa (desculpa avisar assim depois que a festa já
começou, mas é o que é).
Uma das
“faceirices” boas do Universo (porque ele não é só má, pelo contrário..) é
colocar pessoas especiais na vida da gente e disso não posso reclamar, já tive
muitas. Tantas passaram; umas ficaram; outras vão e vem...
É aquela
pessoa que você gosta de graça sabe? Que parece que esteve na sua vida desde
sempre? Que você dá a roupa do corpo; a comida do prato?
Pois é, por
aqui estou sendo presenteada também e um destes “exemplares” está voltando pra
casa nos próximos dias e isto me fez pensar em desapego, que tem tudo a ver com
Let it be!
Basta dar
uma “futucada” pelas redes sociais para encontrar muita coisa sobre desapego:
frases de efeito, dicas, vídeos, fórmulas mágicas...então por isso não vou
ficar perdendo o nosso tempo discorrendo sobre o tema. Vou ser simples, objetiva
e usar o meu “achismo” sobre o desapego, como referência.
Desapego
para mim é ficar feliz quando o outro vai embora, mesmo sabendo que há chances
dele nunca mais voltar... É preparar uma festa de despedida; convidar os
amigos e celebrar, porque se para o outro é melhor, porque não desapegar?
Desapego é
olhar para trás para encontrar momentos únicos e guarda-los na memória e no
coração. É viver, deixar fluir, deixar acontecer naturalmente, porque o tempo
se encarrega de tudo. De TUDO! Acredite em mim!
Mas a verdade
é que o desapego é muito bonito no papel, dá pra fazer umas rimas legais, dá
ibope, o povo gosta do tema sabe, mas também dá um trabalho... Gera um
incômodo...Dá um medinho...
Porque a
gente sempre acha que desapego tem a ver com ausência, com saudade, com
mudança, palavras que por si só já geram um apertinho no coração (gente, e aqui
vou me ater a falar somente do apego às coisas boas tá bem? Porque apego às
coisas ruins – confessa que eu sei que você tem, todo mundo tem - vale um post
específico).
Mas deixa
eu te contar, por aqui não tem jeito não, vai com incômodo, medinho e aperto no
peito mesmo.
Porque todo
dia tem gente chegando e gente partindo. Mudando de sala, trocando de nível,
indo para outra cidade, voltando para suas casas...
Lembra daquela
sensação que você teve quando saiu do ensino fundamental e foi para o ensino
médio? Que o povo “espalha” e a gente perde completamente as referências? Não
sabe mais com quem vai fazer a “dupla”, com quem vai almoçar, se as pessoas vão
gostar de você, se vai fazer amigos, se o professor é camarada (ô Meu Deus!!!!)...
Então...aqui eu vivo isso toda semana!
E essa
semana com o retorno do Rafa (I will miss you little brother) e com o “convite”
(antecipado) da minha professora para que eu mudasse, mais uma vez de sala (eu
sei que era melhor, estrelinha dourada, mas eu gostava tanto dos meus novos
amigos...) eu vivi na pele o quanto a vida fica mais fluida quando a gente se
desapega, com o maior amor do mundo e a certeza de que a sua maior referência deve
ser você.
Porque
desapego não é falta de amor. Desapego não é abrir mão. Desapego não é
tristeza, nem solidão. Desapego é ser grato pelos “presentes” que o Universo
nos dá, aceitando o tempo que eles devem ficar.
Desapega e let it be!
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