Aqui no ‘Let
it be Lili’ quando eu contei um pouco sobre mim, escrevi o seguinte: “por aqui teremos começo, meio e fim tá bem!?
Até agosto estaremos juntos, refletindo bastante, de forma leve e divertida. E
quem sabe na próxima viagem (que já tem data e destino) continuamos esse
papo... Mas isso vou decidir depois, porque a vida acontece e é impermanente,
lembra!?”
E porque a
vida acontece, é impermanente e a gente quebra o pé, a próxima viagem que já
tinha data, destino e parceira (Sol, eu disse que você ia aparecer no Blog),
precisou ser adiada, não sei bem pra quando, porque eu vou precisar bastante do
meu pezinho para andar os mais de 800km do Caminho de Santiago de Compostela.
Pois bem,
eu poderia ficar me lamentando, arrasada porque já tinha projetos relacionados
a esta viagem, muito p... da vida porque é provável que eu só possa ir no
próximo ano, porque eu já tinha me organizado, já tinha planos e blá, blá,
blá... mas eu não estou não, porque se tem uma coisa que aprendi é que lutar
contra a realidade é luta perdida. É gastar energia vital para mudar algo que
já é fato, muitas vezes já é até passado. Já era, já foi, já aconteceu. Aceita
que dói menos!
E como a
gente gasta energia tentando fazer milagres...
É um
trabalho que a gente não gosta, não vê propósito, não tem futuro.
É um
relacionamento que já não existe há tempos, não tem amor, parceria, conexão.
É um amigo
(ou não!) que sempre “pisa na bola”, não respeita a amizade, é egoísta. É um
estilo de vida que não dá o retorno que a gente precisa, que a gente quer. Já
não funciona mais.
Porque
vamos combinar né, tem coisas que só milagre mesmo...
Vamos aos
fatos: o pé está quebrado; mais uma ou duas semanas de bota; não vai mais rolar
o Caminho (pelo menos por agora); meu intercâmbio planejado está chegando ao
fim.
O que
fazer? Tem um mundo de possibilidades, literalmente!
E ter
muitas opções pode ser bom ou ruim, depende de como a gente lida com o medo.
Medo de que? Medo de decidir por um caminho e dar com os burros n’água.
O medo é
uma emoção primária, isso quer dizer que a gente já nasce com ele e que vai ter
que conviver com ele a vida toda, da melhor maneira possível...
É claro que
uns convivem melhor, outros sofrem um pouquinho mais, mas a verdade é que o
medo pode paralisar sim, principalmente quando a gente precisa tomar alguma
decisão.
E todo
mundo já sofreu ou vai sofrer desse mal. Uma, duas, trinta, cem vezes...
Pode ser a
pessoa mais “safa”, mais sagaz, mais forte e inteligente, vai ter um momento
que ele vai chegar, sem bater na porta e a gente vai desejar não precisar
decidir nem a cor do esmalte que vai passar (escolhe aí Neidoca, eu confio em
você).
Porque
ficar “em cima do muro” pode ser muito bom, mas exige equilíbrio.
A gente
acha que não, mas também estamos gastando energia (muita, na maioria dos casos)
mantendo as coisas como elas estão, quando já deveriam mudar. Porque não escolher um lado, também é uma
escolha.
E algumas
vezes, mesmo com o vento soprando forte, gritando no nosso ouvido que o fluir
da vida já tem outra direção, a gente está lá agarrado, se equilibrando... Mas
tem uma hora, sempre tem essa hora, que o vento é mais forte que tudo e ele vai
te “arremessar” para um lado e aí nessa hora a gente entende (ou pelo menos
deveria) que pior que ficar em cima do muro é cair dele.
Se cuida e Let it be!
Puxa, chago saber do pe quebrado, mas se ele impede o Caminho, é porque o caminho é outro.
ResponderExcluirQue tudo corra bem! Com carinho, Gideon
Sem dúvidas! Quando a gente faz perguntas, tem respostas... E neste momento, o caminho é outro certamente! Saudade!
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