segunda-feira, 11 de julho de 2016

Desapega e let it be...



É impressionante a capacidade de adaptação que nós humanos temos, mas só e somente só, quando queremos!
Para aí e pensa por quantas poucas e boas você já passou? Quantas situações teve que enfrentar, que chegou a pensar que não sobreviveria? (aqui vou aceitar um pouco de exagero!). O quanto você já se adaptou, mudou e se transformou até chegar aqui? Faz uma pausinha aí e pensa...

Um dia, quem sabe, sentamos embaixo de uma mangueira e te conto as minhas “poucas e boas” ou quem sabe seria melhor dizer, as minhas “muitas e ótimas”.
Muitas, porque quando se tem a minha idade (37 para quem não sabe), o Universo já teve tempo suficiente para bastante “faceirices”. E ótimas porque todas, cada uma delas do seu modo, serviu para me transformar em quem estou hoje. E isso é ótimo!

Quem convive comigo já deve ter me ouvido dizer que “a gente se adapta à tudo nessa vida”. Eu já acreditava muito nisso, mas agora, depois desta viagem, estou com muita vontade de tatuar esta frase na testa (brincadeira mãe! ;))
E adaptação por aqui vem precedida de desapego, ou pelo menos deveria, porque se não rolar desapego, é sofrimento na certa (desculpa avisar assim depois que a festa já começou, mas é o que é).

Uma das “faceirices” boas do Universo (porque ele não é só má, pelo contrário..) é colocar pessoas especiais na vida da gente e disso não posso reclamar, já tive muitas. Tantas passaram; umas ficaram; outras vão e vem...
É aquela pessoa que você gosta de graça sabe? Que parece que esteve na sua vida desde sempre? Que você dá a roupa do corpo; a comida do prato?
Pois é, por aqui estou sendo presenteada também e um destes “exemplares” está voltando pra casa nos próximos dias e isto me fez pensar em desapego, que tem tudo a ver com Let it be!

Basta dar uma “futucada” pelas redes sociais para encontrar muita coisa sobre desapego: frases de efeito, dicas, vídeos, fórmulas mágicas...então por isso não vou ficar perdendo o nosso tempo discorrendo sobre o tema. Vou ser simples, objetiva e usar o meu “achismo” sobre o desapego, como referência.

Desapego para mim é ficar feliz quando o outro vai embora, mesmo sabendo que há chances dele nunca mais voltar... É preparar uma festa de despedida; convidar os amigos e celebrar, porque se para o outro é melhor, porque não desapegar?
Desapego é olhar para trás para encontrar momentos únicos e guarda-los na memória e no coração. É viver, deixar fluir, deixar acontecer naturalmente, porque o tempo se encarrega de tudo. De TUDO! Acredite em mim!

Mas a verdade é que o desapego é muito bonito no papel, dá pra fazer umas rimas legais, dá ibope, o povo gosta do tema sabe, mas também dá um trabalho... Gera um incômodo...Dá um medinho...
Porque a gente sempre acha que desapego tem a ver com ausência, com saudade, com mudança, palavras que por si só já geram um apertinho no coração (gente, e aqui vou me ater a falar somente do apego às coisas boas tá bem? Porque apego às coisas ruins – confessa que eu sei que você tem, todo mundo tem - vale um post específico).

Mas deixa eu te contar, por aqui não tem jeito não, vai com incômodo, medinho e aperto no peito mesmo.
Porque todo dia tem gente chegando e gente partindo. Mudando de sala, trocando de nível, indo para outra cidade, voltando para suas casas...
Lembra daquela sensação que você teve quando saiu do ensino fundamental e foi para o ensino médio? Que o povo “espalha” e a gente perde completamente as referências? Não sabe mais com quem vai fazer a “dupla”, com quem vai almoçar, se as pessoas vão gostar de você, se vai fazer amigos, se o professor é camarada (ô Meu Deus!!!!)... Então...aqui eu vivo isso toda semana!

E essa semana com o retorno do Rafa (I will miss you little brother) e com o “convite” (antecipado) da minha professora para que eu mudasse, mais uma vez de sala (eu sei que era melhor, estrelinha dourada, mas eu gostava tanto dos meus novos amigos...) eu vivi na pele o quanto a vida fica mais fluida quando a gente se desapega, com o maior amor do mundo e a certeza de que a sua maior referência deve ser você.

Porque desapego não é falta de amor. Desapego não é abrir mão. Desapego não é tristeza, nem solidão. Desapego é ser grato pelos “presentes” que o Universo nos dá, aceitando o tempo que eles devem ficar.


Desapega e let it be!                 



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