domingo, 11 de setembro de 2016

Tá bem eu confesso, estou com saudades!


Quando olho no calendário e vejo que hoje é dia 11 de setembro, quase não acredito. Ainda??? Já fiz tanta coisa que parece que o meu setembro já durou 30 dias...
Mas é uma sensação boa sabe? Uma sensação de que tudo está acontecendo exatamente como deveria estar... Diferente daquela que sentia num passado (não muito distante) quando parecia que os dias iam me engolir, literalmente (e olha que sou do tipo organizada, planejada, do tipo virginiana, entende?).

Nestes 11 dias viajei de carro, de ônibus, de avião, de ferry. Peguei chuva, frio, calorzinho, calorzão, até quase cruzei com um furacão. Desbravei cidades grandes, outras pequenas; reaprendi a andar de metro, me perdi (obviamente!), mas me encontrei rapidamente (Yo, pode respirar aliviada amiga!). Conheci lugares lindos, outros clássicos e históricos, alguns inusitados e conheci muita gente e muitas histórias, só pra variar um pouquinho.

Conheci pessoas que ficaram (ou ainda estão) sem retornar aos seus países de origem por anos, muitos anos... Que passaram os últimos aniversários, natais, páscoas, nascimentos e mortes distante. Algumas vezes passaram sozinhos, outras com a nova família que fez por aqui, mas sempre com saudade, sempre com uma dorzinha fina que incomoda no peito.

Essa semana foi aniversário do meu pai (62 com corpinho de 50) e mesmo eu que já moro longe da minha família há 7 anos, que já passei aniversários, natais e mortes distante  e que administro bem (eu acho) essa dorzinha fina, sinto a saudade batendo na minha porta e deixo ela entrar, porque saudade é uma coisa boa. Ter saudade, é ter a certeza de que o coração está batendo, de que a memória está funcionando e de que a gente tem história para contar. Saudade é amor!

Saudade das minhas avós; das minhas princesas morenas e loiras; da minha mãe contando as histórias nos mínimos detalhes.
Saudade do abacaxi docinho que meu pai compra, de ouvir o povo me chamando de Liloca e de conversar 5 horas com minha amiga-irmã.
Saudade de encontrar “velhos conhecidos” pela rua; de fazer a unha com minha antiga manicure; de muitas vezes olhar em volta e ver que nada mudou...

Com esses anos todos de “estrada” aprendi que melhor que administrar a saudade é garantir a verdadeira essência do encontro.
Que o natal pode ser comemorado no dia 15 de dezembro também, já que no dia 25 eu escolhi estar longe.
Que a vela, o bolo e o parabéns podem ser virtuais, já que o aniversário caiu na terça e no dia seguinte tenho reunião às 9 (em outro estado).
Que não estarei presente no funeral do meu avô porque estou viajando e não vai dar tempo de chegar; mas fico feliz porque estive presente na vida dele em muitos momentos inesquecíveis e é deles que vamos nos lembrar...

Porque a qualidade do encontro, a conexão com o outro e como viver o momento presente é a gente que escolhe, é a gente que constrói.
E não importa calendário, distância, tempo, estrutura. Pode não ter dinheiro, não ter presente, não ter o que falar. Pode fazer 1 mês, 1 ano, 10 anos desde o último encontro, mas se a gente quiser, vai ser lindo! Vai ser o melhor encontro, o melhor aniversário, vai ser o melhor abraço, mesmo que seja virtual. Vai ser... Porque quem constrói o melhor momento sou eu, quem constrói o melhor momento é você!


Se cuida e Let it be!


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